Jornalista sulbaiano finaliza obra que revela dramas humanos da região
Livro de autoria de Waldeny Andrade, um dos mais experientes jornalistas do sul do estado, será lançado nos próximos meses para o público do eixo Ilhéus-Itabuna. O autor já trabalha na fase final da obra que relata uma trama narrada na terceira pessoa e versa, sobre um pano histórico, dramas humanos e absolutamente verdadeiros (com um verniz de ficção para preservar a identificação de descendentes de algumas famílias). É ambientada em Ilhéus entre 1956 época do final dos coronéis do cacau quando a região viveu uma séria crise em sua economia agrícola, minorada pela implantação da Ceplac, e o final da década de 60.
"Vidas Cruzadas", ainda segundo o autor, enfoca os aspectos positivos e negativos da Revolução Militar de 1964, como surgimento do ensino superior, construção da ponte Ilhéus- Pontal, o começo da construção do Porto do Malhado e amplas reformas infra estruturais. Também a criação de um clima de medo e de apreensão nos meios políticos e culturais da cidade.
Paralelamente o livro também revela os dramas humanos que se sobrepõem, narram uma época de truculência e também de romantismo. O autor enfoca amores frustrados, suicídios, traições conjugais, assassinatos por encomenda crime insolúveis, corrupções nos aparelhos judicial e policial, estupros, sequestros, humor, tudo desenvolvidos num clima de suspense e se convergindo para um final surpreendente.
O autor, na época entre 21 e 36 anos de idade, jornalista em início de carreira, cobriu para uma emissora de rádio, um jornal local e um de Salvador, todos esses fatos, que afloram em sua memória, muitos anos depois, através do personagem principal Altamirando Gouveia da Silva, durante uma permanência de 64 dias internado com problemas coronários num hospital de Salvador, revelando ou revivendo em “flash–back” fatos verdadeiros, muitos dos quais não registrados na memória da cidade.
A obra, já pronta em Wold, corpo 12, está em fase de revisão final. Após a formatação para livro 22,5x15,5 deve contar com 280 páginas. Como a narração desses fatos foram feitas em 2009 permite o autor breves inclusões sobre Itabuna, com o enfoque de fatos mais recentes. O autor está agora na fase mais difícil de seu projeto: a editoração da obra.